Conhecimento, cultura e muita diversão marcaram a semana de quem
utiliza as mãos para falar e os olhos para ouvir. É que foi encerrada
nesta sexta-feira (4) a Semana de Valorização da Cultura Surda 2013,
promovida pela Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Adevalni Sysesmundo Ferreira de Azevedo, em Jardim Camburi.A programação, em comemoração ao Dia do Surdo (26/9), incluiu 63 alunos surdos de sete unidades escolares da rede municipal, que participaram de teatro, gincanas e visitas à Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e à Escola da Ciência-Física.
"Antigamente, a gente não tinha essas atividades diferentes. Eu mesma
só ficava em casa, não tinha contato com ninguém. Quando as escolas
começaram a fazer essa programação, a gente passou a fazer visita a
outros lugares, a gente faz aula de campo e experimenta coisas
diferentes. E aí a gente fica sabendo como são outros ambientes. Na
Escola da Ciência – Física, por exemplo, eu consegui entender tudo com
muita facilidade", disse Brunna Ramos, 16 anos, aluna da 7ª série da
Emef Aristóbulo Barbosa Leão, que também é passista do Grêmio Recreativo
Escola de Samba Unidos da Piedade.
"Foi muito bom ter contato com outros surdos, outros intérpretes,
porque, às vezes, a gente não se encontra. E quando nos encontramos,
trocamos ideias, informações sobre como estão as escolas, as
dificuldades que a gente tem. No contato com outros surdos, a gente
conversa, brinca, participa de gincanas, como hoje (sexta), que ainda
teve apresentação de teatro. Foi bem legal encontrar antigos conhecidos e
fazer novos amigos. Quero continuar participando de encontros como o
dessa semana", disse Thallia Lino, 16 anos, aluna da 7ª série da Emef
Adevalni Sysesmundo Ferreira de Azevedo.
O professor de Libras Daniel Junqueira de Carvalho, que também é
surdo, esteve bastante envolvido com a organização da Semana de
Valorização da Cultura Surda 2013. Ele avaliou como muito positiva a
participação de todos. "Os alunos ouvintes, por exemplo, participaram e
queriam mais atividades. A gente está vendo aqui surdos de todas as
idades e a cultura acontece nesses ambientes. Se eles estiverem
separados, se a gente pensar só na sistematização de conteúdos, a gente
perde essa questão da cultura. E a gente vê que os surdos aqui estão
animados, estão participando, estão se divertindo, e isso é uma questão
de cultura", disse o professor.Texto extraído do site da Prefeitura de Vitória
http://vitoria.es.gov.br/secom.php?pagina=noticias&idNoticia=12468
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