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NA ESCOLA não é diferente, muitas vezes as filas são organizadas
conforme o gênero, “fila de menina” e “fila de menino”. Na
educação física, as meninas e os meninos costumam fazer as
atividades separadas e, de vez em quando, algum professor tem a
“brilhante ideia” de promover competições entre el@s, como se o
objetivo do desporto fosse apenas a habilidade e condicionamento
físico, quando poderia trabalhar a eqüidade de gênero, a
solidariedade e a cooperação. São educadas a serem sempre
submissas e fracas, estando sempre sob a dominação do homem.
Assim,
todos esses valores internalizados pelas meninas que promovem a
discriminação de gênero, ou seja , que reforçam como preconceito
as diferenças entre homens e mulheres é definido como machismo, que
muitas vezes cresce com elas, e se torna “natural” em seu
comportamento, na sua forma de se relacionar com os colegas, com a
família, nos espaços de convivência e, principalmente, no seu modo
de pensar e não é que a mulher seja machista.
NA ADOLESCÊNCIA não é diferente. As meninas quando entram nessa
fase, passam pela puberdade, que é o período que ocorre mudanças
em seu corpo, como crescimento dos pelos pubianos nos órgãos
genitais, nas axilas, e a primeira menstruação. Mas como na
infância aprenderam que é feio ou errado abrir as pernas, muitas
meninas apresentam dificuldade de conhecerem e se apropriarem do seu
próprio corpo. Demoram a saber por onde sai o xixi, por onde desce a
menstruação ou sai o bebê no parto natural, e se o sexo anal
engravida.
Nessa
fase também aprendem que quando a MENINA fica com vários meninos é galinha, e que quando o MENINO fica com várias meninas, é garanhão.
E pelo medo de ficarem “mal faladas” esperarão o menino tomar
iniciativa, pois aprenderam que isso não são “modos de menina”.
Além
disso, são usualmente criticadas pelas suas roupas curtas e
decotadas, fazendo menção as mulheres “que vivem da noite”
(como se isso fosse ofensivo) ou utilizando as vestimentas como
justificativa de um possível abuso sexual ou estupro, como se a
mulher se vestisse pensando nisso e não, e somente apenas, para
agradar a si mesma. Assim, são ensinadas a temerem aos homens, ao
invés de ensiná-los a respeitarem as mulheres.
MAS...onde
há poder, há resistência! Desde os primórdios da humanidade, as
mulheres resistem a todas as formas de opressão, mesmo tendo que
pagar com suas próprias vidas, sendo executadas em praças públicas
e queimadas vivas nas fogueiras da Santa Inquisição.
A
história escrita e contada pelos oprimidos, explorados e povos que
resistiram a todas as formas de dominação, nos mostra que em todos
os momentos as mulheres estiveram presentes nas lutas, contra os
colonizadores como as MULHERES INDÍGENAS, contra os senhores feudais
como as MULHERES NEGRAS ESCRAVIZADAS, assim como todas as MULHERES BRANCAS, PARDAS, AMARELAS, MULATAS, ORIENTAIS, OCIDENTAIS, que
sozinhas ou em grupos e movimentos sociais/populares lutam
diariamente contra o machismo, o sexismo (forma de tratar a mulher
como objeto), homofobia (preconceito aos homossexuais), ao
estereótipos e padrões de beleza impostos pelas mídias e
sociedade, entranhados em suas culturas, em seus costumes, em seus
hábitos “naturalizados”.
Mulheres
que lutam pelo direito à moradia, à terra para trabalhar, ao
tratamento igualitário entre homens e mulheres, à receber o mesmo
salário da mesma função exercida pelo homem e `a ocupar cargos e
funções predominantemente masculinos, de enterrarem seus filhos e
maridos vítimas da violência e da injustiça social. Mulheres que
insistem em não deixar cair no esquecimento o desaparecimento dos
seus filhos na ditadura. Mulheres, cansadas de serem vitimas de seus
próprios maridos e se encorajam para denunciar todas as formas de
violência sofridas (psicológica, doméstica, sexual).
MENINAS DA MOBILIZAÇÃO ESTUDANTIL |
Contudo,
por mais DIREITOS E ESPAÇOS CONQUISTADOS PELAS MULHERES ATRAVÉS DA LUTA E DA RESISTÊNCIA, ainda há muito por fazer. Se faz urgente ações
e iniciativas que não somente garantam os direitos das mulheres, mas
também a valorização da diversidade como um todo, pois é na
diferença que somos únicos.
“Temos
direito a ser iguais
quando a nossa diferença
nos inferioriza, temos
direito a ser diferentes
quando a nossa igualdade
nos descaracteriza”.
(Boaventura de Souza Santos)
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